quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Coluna Família Educação - Por Olavo Oliveira - Administrador Escolar

Pai seja o grande amigo do seu filho!

Algum tempo atrás uma pesquisa de jornal, na cidade do Rio de Janeiro, levantou entre os adolescentes, opiniões sobre a pessoa e o agir dos seus pais. O impressionante foi constatar que as respostas mostraram que o nervosismo, a impaciência, a falta de tempo e diálogo, parece ser o grande entrave nas relaçõesentre os pais e filhos. Esses pais, na sua maioria, ao chegarem a casa, desenvolvem uma seção de implicação e distribuição de comentários negativos sobre: quarto desarrumado, tênis fora do lugar, ociosidade dos filhos que contrasta com a sua aplicação de pai incansável na busca de subsídios financeiros para que o lar continue funcionando!    
Parece que, além de verdadeiro o resultado desse trabalho, fala da nossa própria vida familiar! Temos de ser honesto e confessar isso!       
A segunda pergunta da pesquisa tentava destacar as qualidades dos pais. Respostas como "Muito responsável", "honesto", "sério", apareceram na maioria das respostas. Somente uma adolescente afirma que a maior qualidade do pai era "ser o seu grande amigo"...
A nossa tendência natural de pais é querer suprir necessidades materiais dos filhos, enquanto os verdadeiros tesouros como: Carinho, amizade, tempo, ouvir, ensinar, acompanhar o desempenho escolar, vai se esvaindo com a passagem dos anos.
A sociedade tem seu “jogo de sedução” bem definido e tenta convencer cada pai, a se preocupar com a aprovação e a admiração dos outros, para mostrar o quanto é capaz de conseguir, de possuir, de manter sua família na linha, como se diz na gíria. Então, por uma questão de “moral”... Controlam os filhos no uso das roupas, no corte de cabelo, o impedemde fazer uso de brincos, sem a necessária preocupação de sentar ao seu lado, abraça-lo e CONVERSAR!
Muitas vezes a quantidade de televisores em casa, os celulares, os carros, as promessas de presentes para que “estudem”, acabam fazendo parte dessa rotina que leva a se tornarem estranhos na relação de pais e filhos debaixo do mesmo teto. Essa postura, tão comum em nossa sociedade hoje, certamente priva os pais de compartilharem um tipo de riqueza que não pode ser aferida, um tesouro que se perpetua por gerações, legado importante, aonde as coisas materiais não fazem diferença: O coração dos filhos!
Atitudes de pais impacientes e inconformados com a imaturidade dos filhos adolescentes, no que se referem aos seusrelacionamentos, valores perenes de vida, namoros,... Na verdade, são atitudes que têm origem na falta da figura de um pai que orienta e que compartilha vida.
Os pais que optam por permanecerem mais tempo em casa, se mostram mais amigos, humanos e acessíveis aos filhos, possibilitando assim, ensinar a tratarem das suas dificuldades, além de disporem de tempo para afagar os seus queridos filhos, abrindo espaço para acolhê-los em um dos lugares mais cobiçados por adolescentes e jovens: O colo do pai amigo.
Os pais que vivem a vida ao lado dos seus filhos colhem resultados maravilhosos e eternos ao contrario de uma imensa multidão fracassada dentro da sua própria família.
Deixo para você pensar, as palavras de Jesus: "... a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”.
Ninguém despreza o valor do dinheiro e a importância dos bens, mas para onde essa corrida louca atrás dos bens materiais tem levado você e o seu amor pela família? Já parou para pensar?
No futuro, como seus filhos lembrarão você? Sentirão saudades do importante amigo? Qual tem sido o legado emocional e espiritual que você tem construído para seus filhos?

Um grande e forte abraço!

Olavo.