Pai seja o grande amigo do seu filho!
Algum tempo
atrás uma pesquisa de jornal, na cidade do Rio de Janeiro, levantou entre os
adolescentes, opiniões sobre a pessoa e o agir dos seus pais. O impressionante
foi constatar que as respostas mostraram que o nervosismo, a impaciência, a
falta de tempo e diálogo, parece ser o grande entrave nas relaçõesentre os pais
e filhos. Esses pais, na sua maioria, ao chegarem a casa, desenvolvem uma seção
de implicação e distribuição de comentários negativos sobre: quarto
desarrumado, tênis fora do lugar, ociosidade dos filhos que contrasta com a sua
aplicação de pai incansável na busca de subsídios financeiros para que o lar
continue funcionando!
Parece que, além
de verdadeiro o resultado desse trabalho, fala da nossa própria vida familiar!
Temos de ser honesto e confessar isso!
A segunda
pergunta da pesquisa tentava destacar as qualidades dos pais. Respostas como
"Muito responsável", "honesto", "sério",
apareceram na maioria das respostas. Somente uma adolescente afirma que a maior
qualidade do pai era "ser o seu grande amigo"...
A nossa
tendência natural de pais é querer suprir necessidades materiais dos filhos,
enquanto os verdadeiros tesouros como: Carinho, amizade, tempo, ouvir, ensinar,
acompanhar o desempenho escolar, vai se esvaindo com a passagem dos anos.
A sociedade tem
seu “jogo de sedução” bem definido e tenta convencer cada pai, a se preocupar
com a aprovação e a admiração dos outros, para mostrar o quanto é capaz de
conseguir, de possuir, de manter sua família na linha, como se diz na gíria.
Então, por uma questão de “moral”... Controlam os filhos no uso das roupas, no
corte de cabelo, o impedemde fazer uso de brincos, sem a necessária preocupação
de sentar ao seu lado, abraça-lo e CONVERSAR!
Muitas vezes a
quantidade de televisores em casa, os celulares, os carros, as promessas de
presentes para que “estudem”, acabam fazendo parte dessa rotina que leva a se
tornarem estranhos na relação de pais e filhos debaixo do mesmo teto. Essa
postura, tão comum em nossa sociedade hoje, certamente priva os pais de
compartilharem um tipo de riqueza que não pode ser aferida, um tesouro que se
perpetua por gerações, legado importante, aonde as coisas materiais não fazem
diferença: O coração dos filhos!
Atitudes de pais
impacientes e inconformados com a imaturidade dos filhos adolescentes, no que
se referem aos seusrelacionamentos, valores perenes de vida, namoros,... Na
verdade, são atitudes que têm origem na falta da figura de um pai que orienta e
que compartilha vida.
Os pais que
optam por permanecerem mais tempo em casa, se mostram mais amigos, humanos e
acessíveis aos filhos, possibilitando assim, ensinar a tratarem das suas
dificuldades, além de disporem de tempo para afagar os seus queridos filhos,
abrindo espaço para acolhê-los em um dos lugares mais cobiçados por
adolescentes e jovens: O colo do pai amigo.
Os pais que
vivem a vida ao lado dos seus filhos colhem resultados maravilhosos e eternos
ao contrario de uma imensa multidão fracassada dentro da sua própria família.
Deixo para você
pensar, as palavras de Jesus: "... a vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que ele possui”.
Ninguém despreza
o valor do dinheiro e a importância dos bens, mas para onde essa corrida
louca atrás dos bens materiais tem levado você e o seu amor pela família? Já
parou para pensar?
No futuro, como
seus filhos lembrarão você? Sentirão saudades do importante amigo? Qual tem
sido o legado emocional e espiritual que você tem construído para seus filhos?
Um grande e
forte abraço!
Olavo.