terça-feira, 8 de abril de 2014

Coluna Família Educação - Por Olavo Oliveira - Administrador Escolar

A DEMONSTRAÇÃO DO AMOR NA EDUCAÇÃO FAMILIAR

No corre-corre diário, onde precisamos trabalhar cada vez mais, sobra cada vez menos tempo para estar com a família. Muitos pais se preocupam com esta ausência e tentam compensá-la com presentes e diversas concessões como se, através delas, estivessem dizendo aos filhos que os amam.
Se trabalhar fora é questão de sobrevivência da família, o que deve preocupar os pais é a qualidade e não a quantidade de tempo que passam com seus filhos. Existem mães por exemplo que passam todo o dia com os filhos mas, na realidade, a qualidade deste tempo é desvalorizada, porque, embora dispondo de tanto tempo, ele não se aproveita para o diálogo. Ao contrário, algumas mães esquecem os filhos enquanto eles ficam na frente de um aparelho de televisão, assistindo as programações ou jogando videogame sem cessar; há quem se baseie no fato de que os filhos preferem estes aparelhos à conversa com os pais, ignorando que é mais fácil optar por uma máquina que "brinca" conosco do que por alguém que nunca está a fim de ouvir o que temos a dizer ou que, está com dor de cabeça por causa do barulho que fazemos.
Precisamos ter o cuidado de não deixar o diálogo morrer, principalmente quando os filhos são pequenos porque quando forem maiores e quisermos conversar achando que será mais fácil que nos entendam, nos depararemos com estranhos que, certamente, não estarão mais a fim de dizer algo.
Não podemos esquecer que a criança pensa diferente do adulto. Aliás, não questão de pensar e sim, porque, nos mais velhos, sentimentos infantis podem estar anestesiados pelo tempo.
Enquanto achamos que suprimos qualquer tipo de carinho físico ou verbal com um presentinho caro, a criança continua sentindo falta do amor explícito através de palavras ou gestos que façam sentir-se importante.
Outro erro comum dos pais que quase não veem os seus filhos devido aos horários de trabalho é aquela série de concessões que acabam virando sinônimo de total falta de limites. Achando que estão declarando seu amor, permitem que os filhos ainda menores peguem o carro emprestado, liberam cartão de crédito, pagam eventuais multas, etc... Só que os filhos podem não interpretar estas "concessões" como formas de amor, continuando a sentirem-se abandonados, acreditando que ninguém se preocupa verdadeiramente com eles, passando a adotar condutas ainda mais irresponsáveis com o objetivo de chamar a atenção dos pais.
Existem formas mais baratas para dizer "eu te amo". Sentar com os filhos e perguntar como estão na escola, se tem falta de algum material, demonstrar carinho e preocupação com o filho é, com certeza, um ótimo caminho.
Há quem diga que não é fácil demonstrar amor, preferindo dar coisas materiais. Mas o afeto não pode ser comprado. É preciso aprender a manifestá-lo. Dizer "eu te amo" não é só repetir uma frase até desgastá-la. É usar a criatividade do coração humano que precisa se despir das vaidades, sem medo de mostrar como o nosso coração realmente é.

Pensamento da Semana:
Viva cada dia ao máximo, mas seja prudente. Assim, você poderá olhar para frente com confiança e para trás sem ressentimentos.

Seja sempre muito Feliz!