A DEMONSTRAÇÃO DO AMOR NA EDUCAÇÃO FAMILIAR
No corre-corre diário, onde precisamos trabalhar cada vez mais, sobra
cada vez menos tempo para estar com a família. Muitos pais se preocupam com
esta ausência e tentam compensá-la com presentes e diversas concessões como se,
através delas, estivessem dizendo aos filhos que os amam.
Se trabalhar fora é questão de sobrevivência da família, o que deve
preocupar os pais é a qualidade e não a quantidade de tempo que passam com seus
filhos. Existem mães por exemplo que passam todo o dia com os filhos mas, na
realidade, a qualidade deste tempo é desvalorizada, porque, embora dispondo de
tanto tempo, ele não se aproveita para o diálogo. Ao contrário, algumas mães
esquecem os filhos enquanto eles ficam na frente de um aparelho de televisão,
assistindo as programações ou jogando videogame sem cessar; há quem se baseie
no fato de que os filhos preferem estes aparelhos à conversa com os pais,
ignorando que é mais fácil optar por uma máquina que "brinca" conosco
do que por alguém que nunca está a fim de ouvir o que temos a dizer ou que,
está com dor de cabeça por causa do barulho que fazemos.
Precisamos ter o cuidado de não deixar o diálogo morrer, principalmente
quando os filhos são pequenos porque quando forem maiores e quisermos conversar
achando que será mais fácil que nos entendam, nos depararemos com estranhos
que, certamente, não estarão mais a fim de dizer algo.
Não podemos esquecer que a criança pensa diferente do adulto. Aliás, não
questão de pensar e sim, porque, nos mais velhos, sentimentos infantis podem
estar anestesiados pelo tempo.
Enquanto achamos que suprimos qualquer tipo de carinho físico ou verbal
com um presentinho caro, a criança continua sentindo falta do amor explícito
através de palavras ou gestos que façam sentir-se importante.
Outro erro comum dos pais que quase não veem os seus filhos devido aos
horários de trabalho é aquela série de concessões que acabam virando sinônimo
de total falta de limites. Achando que estão declarando seu amor, permitem que
os filhos ainda menores peguem o carro emprestado, liberam cartão de crédito,
pagam eventuais multas, etc... Só que os filhos podem não interpretar estas
"concessões" como formas de amor, continuando a sentirem-se
abandonados, acreditando que ninguém se preocupa verdadeiramente com eles,
passando a adotar condutas ainda mais irresponsáveis com o objetivo de chamar a
atenção dos pais.
Existem formas mais baratas para dizer "eu te amo". Sentar com
os filhos e perguntar como estão na escola, se tem falta de algum material,
demonstrar carinho e preocupação com o filho é, com certeza, um ótimo caminho.
Há quem diga que não é fácil
demonstrar amor, preferindo dar coisas materiais. Mas o afeto não pode ser
comprado. É preciso aprender a manifestá-lo. Dizer "eu te amo" não é
só repetir uma frase até desgastá-la. É usar a criatividade do coração humano
que precisa se despir das vaidades, sem medo de mostrar como o nosso coração
realmente é.
Pensamento da Semana:
Viva cada dia ao máximo, mas
seja prudente. Assim, você poderá olhar para frente com confiança e para trás
sem ressentimentos.
Seja
sempre muito Feliz!