Toda pessoa necessita sentir que alguém a ama e a admira,
mesmo com todos os defeitos que possa ter... Em uma família, essa pessoa se
sentirá amada e aceita, por mais rude que a família seja. A família deve ser à
base da sociedade; o lugar onde se desenvolvem as estruturas psíquicas, onde a
criança forma a sua identidade e desenvolve o seu emocional. A família
determina funções, papéis e a hierarquia entre seus membros.
A família tem como função educar os filhos e prepará-los para o convívio social.
Dentro de uma família podemos definir dois tipos básicos de relações.
Relação entre os pais:
Duas pessoas diferentes, com suas próprias crenças, valores, educação, cultura, que necessitam ajustar-se em seus princípios para uma boa convivência e obter o equilíbrio conjugal. É sumamente importante que o casal tenha respeito mútuo, amor, e que possa trocar ideias através do diálogo para propiciar, dessa forma, um ambiente saudável ao crescimento dos filhos. Os pais necessitam estar sempre de comum acordo, para promover uma educação pelo exemplo.
Relação entre pais e filhos:
Cabe aos pais o papel de educar os filhos. A educação é a condição básica para o convívio social. Educar implica o uso de autoridade para estabelecer limites; dar ordens e proibir o indispensável possibilitando à criança controlar sua impulsividade: toda criança nasce egoísta; ela passa a respeitar o outro através da educação, disciplina, mas, principalmente com base no exemplo dos pais. As crianças sempre se identificam com um dos pais, e passam a fazer o que esse adulto faz.
Quando os filhos são pequenos, os pais sempre decidem "o que", "como" e "quando"; ou seja, eles têm plenos poderes sobre seus filhos e por eles tomam as decisões que julgam corretas. A criança vive cômoda e prazerosamente nesta relação de dependência, com suas necessidades básicas satisfeitas e papéis claramente definidos. Mas, quando os filhos chegam à fase da adolescência, surge, na maioria das famílias, uma série de conflitos entre os pais e os filhos!
Os pais têm dificuldades em aceitar o crescimento de seus filhos... Quantos pais dizem sentir saudades dos tempos em que os filhos eram bebê? Admitir que o filho tivesse mudado equivale a reconhecer que eles estão ficando velhos! Para o pai, no entanto é difícil aceitar que a sua outrora pequena filhinha agora se interesse por outro homem que não seja ele! E a mãe, muitas vezes, não consegue tolerar a existência de outra mulher cheia de juventude, como namorada do seu... Sempre pequeno filho!
Muitos pais não se conformam por terem perdido o "posto" de heróis insubstituíveis dos filhos, e não conseguem suportar o olhar crítico dos jovens, pois estes começam a enxergar os pais como eles são: pessoas com todos os defeitos e qualidades que são próprios. Há pais que passa a controlar exageradamente a vida dos filhos, como se pudessem, com isso, voltar a tê-los como crianças: não respeitam sua privacidade, querem participar da vida deles de forma integral, e usam, para o controle deles, como pretexto, os perigos que aumentam nesta fase: a violência, a droga, a AIDS...
Muitos pais antecipam essas questões aos filhos desejando evitar sofrimentos futuros... Mas o único método conhecido para se aprender algo é vivendo! Na realidade, a maioria dos problemas na relação entre pais e filhos baseia-se num conflito de poder! Os pais podem exercer o autoritarismo, quando o poder está em suas mãos para atender suas próprias necessidades ou, fazer uso da permissividade quando delegam o poder nas mãos dos filhos para fazerem o que desejarem...
O mais importante neste tipo de relacionamento é uma resolução que tenha por base o diálogo; buscar juntos e criar soluções conciliatórias para que todos sejam bem atendidos. Onde as minhas necessidades são tão importantes quanto as suas. O melhor papel dos pais consiste em apoiar, compreender e muito conversar com seus filhos!
Queridos leitores, desejo uma
semana maravilhosa pra todos vocês!