"Sabe qual é a maneira mais certa de deixar seu filho infeliz?
Acostumá-lo a receber tudo." (Jean-Jacques Rousseau)
"Isso torna a criança mais forte para as intempéries que certamente a própria a vida lhe trará", diz Rosana. Dizer não faz parte, e é bom para o seu filho. Então, que tal aprender a fazer isso, sem culpas?
Eis algumas orientações para guiar você nesse importante caminho.
12 dicas para dizer "não" aos filhos:
1) Aprenda isso em casa
Na vida, sempre será preciso enfrentar frustrações e respeitar limites. As crianças precisam estar preparadas para isso. É melhor que elas aprendam em casa, com seus pais, em um ambiente no qual sabem que são amadas e se sentem protegidas do que fora, ou muito mais tarde, quando a queda pode ser maior.
2) Saiba quando dizer não
Escolha os "nãos" que você vai dizer. Pense quais são os pontos realmente importantes, de que você e sua família não abrem mão: a hora do sono? A comida? Situações que colocam em risco a segurança da criança, os bons modos, o respeito aos mais velhos? Não dá para dizer "não" o tempo todo e as crianças experimentam e fazem pequenas besteiras. Você pode deixar passar as bobagens ou tratá-las de modo menor. Mas algumas coisas, as realmente importantes, têm de estar bem marcadas e claras.
3) Seja firme e coerente
"A melhor forma de dizer um não para o seu filho é apenas dizê-lo quando você estiver seguro de que é um não mesmo, que não vai virar um sim depois", diz a psicóloga Rosana Augone. Ou seja, é preciso ter coerência ao dizer não, para que a criança possa ir aprendendo. Não dá para proibir uma coisa um dia e, no outro, por estar cansado ou para não armar uma briga, ceder.
4) Os pais tem que entrar em acordo
É importante que os pais combinem esses "nãos" juntos, ou que se falem antes de dar uma resposta, para que a criança não fique perguntando para um e depois para o outro e manipulando a situação.
5) Controle as opções
Seu filho pequeno não precisa ter tantas escolhas, isso é angustiante para uma criança. Não faça muitas perguntas ou deixe muitas decisões para ele tomar, isso desorienta. "Alguém de 2 anos não pode decidir o que vai vestir, por exemplo", diz Magdalena. "Porque vai escolher a roupa mais nova ou uma fantasia ou a de determinada cor, sem levar em conta o tempo, o frio que faz, aonde vai. Essa não é uma decisão para uma criança." A tomada de decisões deve ser ampliada de acordo com a autonomia e a maturidade da criança.
Seu filho pequeno não precisa ter tantas escolhas, isso é angustiante para uma criança. Não faça muitas perguntas ou deixe muitas decisões para ele tomar, isso desorienta. "Alguém de 2 anos não pode decidir o que vai vestir, por exemplo", diz Magdalena. "Porque vai escolher a roupa mais nova ou uma fantasia ou a de determinada cor, sem levar em conta o tempo, o frio que faz, aonde vai. Essa não é uma decisão para uma criança." A tomada de decisões deve ser ampliada de acordo com a autonomia e a maturidade da criança.
6) Um não para cada idade
"Cada idade tem seus "nãos". Uma criança de 3 anos pede "nãos" e consequências mais contundentes e imediatas que uma criança de 6 ou 7 anos, que já consegue negociar e já não faz tanto uso da birra. Já o adolescente precisa de "nãos" e consequências muito claras, pré-combinadas e justas" diz Rosana Augone.
"Cada idade tem seus "nãos". Uma criança de 3 anos pede "nãos" e consequências mais contundentes e imediatas que uma criança de 6 ou 7 anos, que já consegue negociar e já não faz tanto uso da birra. Já o adolescente precisa de "nãos" e consequências muito claras, pré-combinadas e justas" diz Rosana Augone.
7) Cuidado com as birras
Birras em público parecem ser as "preferidas" das crianças, porque a probabilidade de os pais cederem é maior. As crianças sabem disso e os pais ficam com muita vergonha. "Nestas situações, o melhor é se retirar para um local o mais privativo possível, abaixar, segurar seu filho pelos braços com firmeza, mas sem machucar, pedir para ele olhar nos seus olhos e dizer o que ele precisa fazer, por exemplo: parar de gritar, não se jogar no chão, etc.", orienta Rosana Augone. Ao dizer um não, o tom de voz, a altura de que você fala e a linguagem tem de ser clara. Depois de deixar claro isso, tente chamar a atenção da criança para outra coisa.
Birras em público parecem ser as "preferidas" das crianças, porque a probabilidade de os pais cederem é maior. As crianças sabem disso e os pais ficam com muita vergonha. "Nestas situações, o melhor é se retirar para um local o mais privativo possível, abaixar, segurar seu filho pelos braços com firmeza, mas sem machucar, pedir para ele olhar nos seus olhos e dizer o que ele precisa fazer, por exemplo: parar de gritar, não se jogar no chão, etc.", orienta Rosana Augone. Ao dizer um não, o tom de voz, a altura de que você fala e a linguagem tem de ser clara. Depois de deixar claro isso, tente chamar a atenção da criança para outra coisa.
8) Fiscalize suas ordens
Existem situações em que a criança "pede" o não, testa se aquele combinado é para valer e quer saber se os seus pais estão prestando atenção nela, se estão vendo que ela está ou não cumprindo o combinado. Ela quer ouvir de novo aquele não de seus pais para reafirmar o que é certo e sentir-se segura. Essa é a hora de não titubear.
Existem situações em que a criança "pede" o não, testa se aquele combinado é para valer e quer saber se os seus pais estão prestando atenção nela, se estão vendo que ela está ou não cumprindo o combinado. Ela quer ouvir de novo aquele não de seus pais para reafirmar o que é certo e sentir-se segura. Essa é a hora de não titubear.
9) Tolere a raiva
É normal seu filho ficar com raiva de você ao receber um não. Respeite essa raiva. Tolere-a. Saiba que isso faz parte de sua educação e que aprender a ouvir não e lidar com eles fará dele uma pessoa mais feliz e flexível.
É normal seu filho ficar com raiva de você ao receber um não. Respeite essa raiva. Tolere-a. Saiba que isso faz parte de sua educação e que aprender a ouvir não e lidar com eles fará dele uma pessoa mais feliz e flexível.
10) Entenda o seu lugar de pai/mãe
Não é porque o seu filho sabe argumentar bem, explicar razões, que o argumento dele vale mais que o seu. Ele precisa saber que não é ele quem decide determinadas coisas, por mais que as queira ou as entenda.
Não é porque o seu filho sabe argumentar bem, explicar razões, que o argumento dele vale mais que o seu. Ele precisa saber que não é ele quem decide determinadas coisas, por mais que as queira ou as entenda.
11) Não sinta culpa
Não se deixe levar pela culpa, achando que você tem de dar mais, fazer mais pelo seu filho. Mas esteja lá quando puder. Se você tem pouco tempo para estar com seu filho, faça desse tempo um tempo de qualidade, estando de mente e corpo presente. "Muita gente faz de conta que brinca com o filho, mas na verdade está olhando mensagens no celular ou pensando em coisas de trabalho", diz Magdalena. Dê atenção à criança e, quando não puder, diga claramente que naquele momento não dá.
Não se deixe levar pela culpa, achando que você tem de dar mais, fazer mais pelo seu filho. Mas esteja lá quando puder. Se você tem pouco tempo para estar com seu filho, faça desse tempo um tempo de qualidade, estando de mente e corpo presente. "Muita gente faz de conta que brinca com o filho, mas na verdade está olhando mensagens no celular ou pensando em coisas de trabalho", diz Magdalena. Dê atenção à criança e, quando não puder, diga claramente que naquele momento não dá.
12) As influências de fora
Às vezes, seu filho quer muito algo (ir a uma festa, assistir a um determinado programa ou ganhar um objeto caro, por exemplo). E todos os outros pais da escola, mesmo que alguns até achem inadequado, cederam. "Não é nada fácil fugir da influência da mídia e dos outros", diz a psicóloga Rosana Augone. "Mas explicar ao seu filho porque você está dizendo aquele não, porque você não concorda com a maioria e deixar claro como sua família pensa e no que credita é da maior importância para a construção moral dele".
Às vezes, seu filho quer muito algo (ir a uma festa, assistir a um determinado programa ou ganhar um objeto caro, por exemplo). E todos os outros pais da escola, mesmo que alguns até achem inadequado, cederam. "Não é nada fácil fugir da influência da mídia e dos outros", diz a psicóloga Rosana Augone. "Mas explicar ao seu filho porque você está dizendo aquele não, porque você não concorda com a maioria e deixar claro como sua família pensa e no que credita é da maior importância para a construção moral dele".
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/como-dizer-nao-755237.shtml?utm_source=redesabril_educar&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_educar