segunda-feira, 23 de março de 2015

Coluna Família Educação - Por Olavo Oliveira - Administrador Escolar

DROGAS... UM PERIGO!..
QUE RONDA SEU FILHO.


        Por mais que nos custe acreditar, oito anos já é uma idade em que se precisa começar a trabalhar a idéia de que alguém, inclusive algum amigo da escola ou da própria rua, poderá oferecer cigarro, bebida alcoólica, maconha e outras drogas ao seu filho. Todos os nossos esforços devem ser canalizados no sentido de fortalecer nossos filhos para que desenvolvam uma segurança emocional que lhe permita dizer “não” nesses momentos. É bom lembrar que uma criança que cresceu com limites terá, provavelmente, mais facilidade de dizer não do que aquela que só faz o que quer, simplesmente porque o “não” já faz parte da sua vida e não constitui, portanto, um bicho de sete cabeças.

No âmbito familiar procure estabelecer um clima que permita à criança falar e expor suas idéias. Nesses momentos, procure não interromper ou impor seus pontos de vista, ainda que o que eles digam expresse conceitos totalmente divergentes dos seus. Ouça com atenção e em silêncio, embora isso seja muito difícil. Depois que eles terminarem, diga com clareza o que pensa a respeito. Afinal, trata-se de uma conversa apenas. O importante é você abrir portas para a comunicação franca. Se você começar a falar, falar, falar ou der lições de moral, o “papo” terminará logo.

Portanto, se não criarmos, com muita paciência hoje, o hábito importantíssimo de ouvirmos os filhos, fugindo ou deixando sempre a conversa para depois, é provável que ele busque na rua a voz de experiências erradas... Isso trará logo à frente, sérios aborrecimentos e tristeza para a família.

Lembre-se que entre oito e onze anos, as crianças ainda gostam de conversar conosco e contar as aventuras do dia-a-dia. Aproveitemos, pois será a base para não nos esconderem nada amanhã na adolescência.

Pai e mãe façam alguma coisa hoje, pois a verdade é que menos de 20% dos jovens contam aos pais os seus desencontros na caminhada pela vida. Especialmente se antes, nunca tiveram o hábito de conversarem em família...

Querido leitor, em um concurso de poesias na minha escola, anos atrás, chamou-me a atenção o trabalho de uma menina de apenas 14 anos, de família com bom poder aquisitivo que escreveu em forma de desabafo o seguinte:

Sozinha!
Às vezes sinto que estou sozinha. Sozinha na minha solidão. Mergulhada nos meus pensamentos.
Meu exílio é meu quarto. Onde fico isolada do mundo e de todos.
Papai está sempre preocupado. Mamãe muito ocupada. Cada um com seus afazeres.
Ligo o som no último volume. E com ele a TV e o computador. Tudo para chamar a atenção.
Ninguém me telefona. Ninguém reclama. Será que eu vivo numa redoma?



Um forte e grande abraço e o desejo de uma semana maravilhosa pra você.