segunda-feira, 27 de abril de 2015

Coluna Família Educação - Por Olavo Oliveira - Administrador Escolar

FILHOS DO DIVÓRCIO

Com o advento do divórcio no Brasil, surgiu entre nós uma preocupação: As crianças de pais separados são afetadas no seu desenvolvimento social e formação para a vida.
Pais, educadores e pessoas interessadas em ler sobre o assunto sabem que alguns estudiosos da psicologia, apressadamente, produziram uma série de afirmações que, sinceramente não expressam a verdade.
Chegaram inclusive a afirmar que seria muito melhor para os filhos lidar com a separação dos pais que assistir às brigas frequentes e à constante infelicidade familiar. Acrescentaram que, por mais doloroso que seja o divórcio para a criança será apenas mais uma crise passageira.
Entretanto, estudos aprofundados e pesquisas recentes da psicologia demonstram que, para as crianças, o divórcio não é uma crise passageira e que poderá acarretar consequências que influirão por toda a sua vida adulta.
“Com certeza, as crianças são mais felizes em uma família que se mantenha unida, mesmo que para isso tenham de superar as crises de relacionamento!”
O divórcio dos pais pode causar nos filhos sequelas, desde depressões, desequilíbrio emocional, até dificuldades na vida social e amorosa.
Mas, nessa linha de pensamento, uma pergunta, entretanto, se faz necessário: "Será que os pais não têm o direito de buscar a sua felicidade?”. Sim! Eu acho mais do que justo, porém, gostaria de insistir que vale a pena tentar reconstruir o caminho, para a felicidade dos filhos e equilíbrio familiar.
O certo é que os pais que se divorciam acabam também transmitindo essa opção de vida aos seus filhos que no futuro, se tornam defensores de uma nova disposição, que assim se resume: “Eu caso, mas se não der certo, me separo também”.
Acredito que a naturalidade na aceitação da separação entre casais hoje, explica a estranha conduta de muitos jovens que se casam e logo se separam.
São pessoas cuja única obrigação institucional é procurar a sua felicidade individual.
Muitas vezes se queixam do porque dos filhos não se dedicarem às causas nobres que levam a realização pessoal, de se drogarem, de não aceitarem os valores morais, de serem egoístas, insensíveis, pouco solidários, negligentes nos estudos e de buscarem ilicitamente a prosperidade. Na verdade, esses filhos do divórcio respondem ao que lhes foram transmitidos por seus pais quando decidiram que o anseio pela liberdade, através do divórcio, não deve recuar nem mesmo diante da preocupação com o futuro dos filhos.
Queridos leitores, a questão que lhes apresento através da mensagem de hoje é profundamente séria. Requer atenção e a reflexão de todos os casais, de todos nós!