FILHOS DO DIVÓRCIO
Com o advento do divórcio no
Brasil, surgiu entre nós uma preocupação: As crianças de pais separados são
afetadas no seu desenvolvimento social e formação para a vida.
Pais, educadores e pessoas
interessadas em ler sobre o assunto sabem que alguns estudiosos da psicologia,
apressadamente, produziram uma série de afirmações que, sinceramente não
expressam a verdade.
Chegaram inclusive a afirmar
que seria muito melhor para os filhos lidar com a separação dos pais que
assistir às brigas frequentes e à constante infelicidade familiar.
Acrescentaram que, por mais doloroso que seja o divórcio para a criança será
apenas mais uma crise passageira.
Entretanto, estudos
aprofundados e pesquisas recentes da psicologia demonstram que, para as
crianças, o divórcio não é uma crise passageira e que poderá acarretar
consequências que influirão por toda a sua vida adulta.
“Com certeza, as crianças
são mais felizes em uma família que se mantenha unida, mesmo que para isso
tenham de superar as crises de relacionamento!”
O divórcio dos pais pode
causar nos filhos sequelas, desde depressões, desequilíbrio emocional, até
dificuldades na vida social e amorosa.
Mas, nessa linha de
pensamento, uma pergunta, entretanto, se faz necessário: "Será que os
pais não têm o direito de buscar a sua felicidade?”. Sim! Eu acho mais do
que justo, porém, gostaria de insistir que vale a pena tentar reconstruir o
caminho, para a felicidade dos filhos e equilíbrio familiar.
O certo é que os pais que se
divorciam acabam também transmitindo essa opção de vida aos seus filhos que no
futuro, se tornam defensores de uma nova disposição, que assim se resume: “Eu
caso, mas se não der certo, me separo também”.
Acredito que a naturalidade
na aceitação da separação entre casais hoje, explica a estranha conduta de
muitos jovens que se casam e logo se separam.
São pessoas cuja única
obrigação institucional é procurar a sua felicidade individual.
Muitas vezes se queixam do
porque dos filhos não se dedicarem às causas nobres que levam a realização
pessoal, de se drogarem, de não aceitarem os valores morais, de serem egoístas,
insensíveis, pouco solidários, negligentes nos estudos e de buscarem
ilicitamente a prosperidade. Na verdade, esses filhos do divórcio respondem ao
que lhes foram transmitidos por seus pais quando decidiram que o anseio pela
liberdade, através do divórcio, não deve recuar nem mesmo diante da preocupação
com o futuro dos filhos.
Queridos leitores, a questão
que lhes apresento através da mensagem de hoje é profundamente séria. Requer
atenção e a reflexão de todos os casais, de todos nós!